O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

EUREKA:-)!

"A mente tem seus usos limitados. Use-a. Quando você estiver trabalhando em seu escritório, não estou lhe dizendo para ser um sem-mente. Quando você estiver trabalhando em sua loja ou na fábrica,Não estou lhe dizendo para ser um sem-mente. Estou dizendo que você seja perfeitamente uma mente. Use a mente, mas não a leve por vinte e quatro horas, continuamente com você. Não se arraste nisso. Use-a como você usa uma cadeira."

E ISSO! E ISSO! E ISSO!

Muito obrigada, Luar Azul!

Acho que esta noite vou conseguir gostar um pouco mais do que vejo ao espelho;-)!

Muito obrigada tambem ao Paulo Borges:-)!

Tudo aquilo que faco nao passam de fenomenos. Nem sou eu que os faco. Apenas faco parte dos feixes de energia que sao esses fenomenos. O estudo, as investigacoes, as viagens, as festas, as jantaradas, as leituras, as inquietacoes. Tudo.

A ilusao que e o "eu" nao passa de uma interseccao desses fenomenos. Nada mais.

Estou no bom caminho?

3 comentários:

Anónimo disse...

Sim, se ao caminhares tu e o caminho se desvanecerem.

Ana Margarida Esteves disse...

Belo jogo esse do desvanescer-se ... É como soltar véus ... Como a dança de Salomé ...

Um jogo tão libertador ... Especialmente porque a sociedade tende a categorizar-nos e a reduzir-nos a uma infima parte do que nós somos: Ou uma mente, ou um corpo, ou um estatuto social, ou uma identidade de género, ou ás vezes até partes de um corpo ou tiques mentais ...

Desvanescermo-nos é o acto mais revolucionário que podemos fazer.

Quando não há mais nada a perder, temos tudo a ganhar porque não há nada a temer.

Luar Azul disse...

Haverá caminho?