O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


sexta-feira, 30 de maio de 2008

Ainda Eckhart e Longchenpa, lançamento da Nova Águia e de "A cada instante estamos a tempo de nunca haver nascido"

Recordo o convite para as conferências sobre a questão de Deus, que decorrem hoje, a partir das 14 h 30 m, no Anfiteatro III da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde falarei pelas 17 h 30 m sobre «Mestre Eckhart e Longchenpa: do Fundo sem fundo primordial como Nada e Vacuidade» (trata-se de comparar a experiência espiritual de um teólogo dominicano alemão e de um mestre budista tibetano, absolutamente desconhecidos entre si mas contemporâneos e afins no espírito).

Fica também o renovado convite para o lançamento da "Nova Águia", amanhã, dia 31, pelas 17 h, no Palácio Pombal, Rua do Alecrim, em Lisboa, onde será também lançado o meu último livro, "A cada instante estamos a tempo de nunca haver nascido" (Zéfiro)(aforismos, fragmentos e provocações, sobretudo a mim próprio, mas também a todos vós), apresentado pelo Jorge Telles de Menezes, poeta, ensaísta e eminente tradutor da língua alemã.

"Sopra-te. E atravessa cantando a ilusória solidez do mundo"

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