O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Saudade
Eco de outro verbo olhar,
ente e aliança.

4 comentários:

guvidu disse...

excelente!

(inspiração de momento...

entrecruza o teu olhar no meu/
toque d'alma em estado cinza/
com reminiscência de cor/
eco que se rasga em horizonte/
d'infinitude/
soslaio de razão/
e imperativo de coração.

faz sentido?)

Anónimo disse...

Se fosse com mais um "s", podia ser eu Vergílio, mas era num futuro mais passado...


Um abraço, Saudades


P.S. E agora háo-de vir as anonimias, os "maus"... porque sim...

Um beijo, já te tinha dado um abraço?

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

Um pensar que revela acuidade filosófica!