O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Fernando Guilherme Azevedo ao poder!

Sou alcoólico inveterado
Do sangue vinho sagrado
Adio constantemente a jornada
Partir é meu lema mas a palavra nunca chegada
O tema é sempre o mesmo:
A minha indecisão feita de catapultas dos sentidos
Tenho os ouvidos abertos mas nem um som limpo ouço
Só ruído só barafunda
Que a descoberta verdade não me contunda
Posso escrever amor e fel
Até, vejam bem!..., depositar nas mulheres o fel
Mas não me perdoo por abençoar prostitutas
E excomungar colunáveis
São adoráveis saliva e esperma de bocas fétidas
Incongruências dos anormais que habitam as cidades
Contudo não vou para o campo nem tenho animais
Há uma Virgem sobre a cabeceira
Não tive berço de ouro nem dormi em esteira
A minha religião é perversa
Cristo morreu porque Eu quis
E nada mais interessa.

Fernando Guilherme Azevedo

11 comentários:

Peste disse...

Este blog entrou na fase anarca...

Rui M, Palmela disse...

Estranho que este tipo de filosofia de Fernando Guilherme Azevedo faça parte de um projecto que considero ético e importante de que Paulo Borges é seu mentor ou representante.

Que Cristo não morra nunca nos corações dos que o amam e enxergam para além das ilusões do Mundo profano onde a vida se tornou corrompida.

Rui Palmela

Paulo Borges disse...

Caro Rui Palmela, este é um espaço livre e plural, onde faço questão que se manifestem todas as ideias, mesmo que não concorde com todas elas... Grato pelo mail que me enviou. Farei o contacto que me propõe.

Saudações fraternas, por um mundo melhor para todos os seres sencientes!

Rui M, Palmela disse...

Muito bem, caro amigo Paulo Borges, concordo com o livre debate de ideias e opiniões que devem ser plurais, pois também as aceito todas no meu Blog onde abordo os mais diversos assuntos. Porém preservo o verdadeiro objectivo do meu espaço cujo perfil não se coaduna com determinados apelos cujos propósitos são errados (a meu ver) e combato-os à luz do que entendo como certo e acredito.

É assim que podemos construir um Mundo melhor, com mais verdade e mais amor.

Saudações fraternas,

Rui Palmela

P.S.
Diga-me depois o que ficar combinado para a tal entrevista pelo PPA.

afhahqh disse...

Caro Rui Palmela:

A César o que é de César.

Pi disse...

O anarca é César?

afhahqh disse...

Quem sou eu para afirmar que a "filosofia" de Fernando Guilherme Azevedo é certa ou errada? Quem sou eu para indicar os caminhos para o bem do mundo?, para me arautar do correcto ou do incorrecto? Não se esqueça que sem incerteza não há filosofia, apenas dogma.

afhahqh disse...

A este propósito aconselho a audição de Wish you were here de Pink Floyd:

consegues distinguir céus azuis de dor?

PA disse...

Pink Floyd são aqueles hippies cabeludos do tempo dos dinossauros?

afhahqh disse...

Sim, esses mesmos, criadores do chamado space rock, influenciadores de movimentos como o trance e que a dado momento da sua carreira só criaram porcaria.

Anónimo disse...

O transe do trance passará de mera hipnose?