O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Leoa do (a)mar [poema de um poeta menor]

na praia perdidos
em areia beijos
comoção (des)controlada
tudo ou nada

leoa do (a)mar
vampiresco tocar
doce, molhado, brilhante
a noite?, radiante

escuridão incandescente
sorriso contente
nu sentimento
eterno momento

supernova
tudo se renova
fragmentos estelares
infinitos teus mares.

[escrever um poema sobre o (a)mar é coisa séria, por isso te deixo esta música]

11 comentários:

Anónimo disse...

POEMA ESPECTACULAR!!!
SEM PALAVRAS...APENAS RELER E REESCUTAR PARA RECORDAR :)
A MÚSICA, NÃO CONHECIA MAS É MT GIRA.

ASS. LEOA DO MAR
(eu bem disse que haveria um vídeo do you tube, felizmente, foi este...lol)

afhahqh disse...

ahahahaha exactamente :)

Anónimo disse...

vou-te roubar esta música...está bem, poeta maior? :) bj

Anónimo disse...

e into the dark, tb :)

Anónimo disse...

A miúda é gira! E, gosto muito dos sapatos dela...

i disse...

São lindos, mas gosto mais da saia...

afhahqh disse...

estão aí para ti e para o mundo. bj.

Anónimo disse...

Isso porque vocês não repararam no olhar...

a sonhar disse...

"Chegara ao fim da página, o queixo havia alcançado o peito, as palpebras descaído sobre os olhos singelos e azuis. Era a imagem da vida que tinha diante dos seus olhos, em plena floração, em toda a sua beleza física e carnal. Ela desprendera as mãos da nuca e os seus braços - que ela abria, pondo a descoberto, na zona interior, sob a delicada pele do cotovelo, os vasos sanguíneos, essas duas ramificações das veias principais que se delineavam na sua coloração azulada -, esses braços eram de uma doçura inefável. Ela inclinou-se na sua direcção, para ele, sobre ele, e ele sentiu o seu aroma orgânico e o palpitar do seu coração. Uma delicadeza cálida envolveu o pescoço [...] e no momento em que ele, desfalecendo de prazer e de pavor, pousava as mãos sobre a região externa desses braços, no ponto em que a pele granular, revestindo o tricípete, era de uma frescura deliciosa, sentiu nos lábios a húmida sucção do beijo dela." T Mann

afhahqh disse...

a sonhar: grato pela partilha.

Anónimo disse...

lindo excerto esse de t.mann :)