O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


segunda-feira, 30 de novembro de 2009

algum humor - antes que o frio e o escuro nos esmague


P´RA PULAR
:
por euros recebe o "cara"
robalos de aquacultura
mesmo assim já lhe vai cara
o diacho da milhadura*

*milhadura no Alentejo= gorjeta, pequena gratificação

4 comentários:

João de Castro Nunes disse...

O diacho da milhadura
por minúscula que seja
pode acabar em fartura
conforme a gente o deseja!

JCN

platero disse...

"se armadilhada a bandeja"

Serve?

Onde "cara", na quadra, deve ler-se, claro, VARA

o tal abraço

João de Castro Nunes disse...

Sendo o vara a criatura,
tudo muda de figura:

O diacho da milhadura
por minúscula que seja
pode acabar em agrura
se armadilhada a bandeja.

Grato pela sua ajuda e respectivo esclarecimento. JCN

platero disse...

Obra a meias
não sejamos modestos
e orgulhemo-nos dela

abraço