O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Dá-me leite que tenho sede de ti
                                      Mel que se espalha por nós


Lembras do nosso último passeio? beijei-te sem pudor até pedires com um sorriso um intervalo


                                     beija-me que tenho mel pelo corpo


descansa tua boca no seio que te ofereço


azul é memória que tenho de nós
tão azul como o branco que agora espanto


Dá-me leite amor que tenho sede de nós.

Sem comentários: