O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


terça-feira, 16 de agosto de 2011

Há quem me peça que não escreva com tanta dor. Há quem me peça que os ais sejam os uis de quem ri. Há quem me peça que faça de conta, porque quem não se dá conta,  não sofre nem geme. 
Enquanto escrevo, sorrio na descoberta do fim.
Depois de hibernar, vem a vontade de voar. No céu encontro o ar, no mar me encontro - sereia. 
Entre, é o meu destino próximo. Sono longo, onde nada foi dito ou ouvido. 
Intervalo presente - liberdade.  



 

2 comentários:

platero disse...

nada mau para quem se queixa de já não saber escrever.

o que seria se soubesse

beijo

ethel disse...

:-). Beijo sem saber